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Golpes nas estradas: esses truques estão pegando caminhoneiros desavisados — veja como não cair nessa

Falsos fretes, clonagem de empresas e armadilhas em pátios: veja como caminhoneiros estão sendo enganados e aprenda a se proteger dos golpes mais comuns nas estradas.

As estradas do Brasil escondem armadilhas que vão muito além dos buracos e da má sinalização. Em pleno 2025, os golpes contra caminhoneiros continuam crescendo, cada vez mais sofisticados. E o pior: muitos motoristas só percebem que foram enganados quando já é tarde demais. Seja você autônomo, agregado ou empregado, ficar alerta é obrigação para quem quer rodar com segurança e manter o dinheiro no bolso.

Entre os golpes mais comuns, está o da falsa central de fretes. O caminhoneiro recebe uma ligação oferecendo uma carga lucrativa, geralmente urgente e com bom valor. Para garantir o embarque, o golpista pede um adiantamento ou caução por Pix. Muitos caem. Quando chegam ao local combinado, descobrem que a carga não existe. O dinheiro desapareceu — e o prejuízo é todo do motorista.

Outro golpe frequente é o da clonagem de empresas reais. Sites falsos, perfis de WhatsApp com CNPJ verdadeiro, e até logos idênticos aos de transportadoras conhecidas são usados para dar credibilidade à armadilha. O caminhoneiro acredita estar negociando com uma empresa séria, mas está lidando com criminosos que atuam em redes organizadas.

Nas paradas de estrada, há também os “golpes de pátio”, onde falsos despachantes, borracheiros ou até frentistas oferecem serviços superfaturados, vendem produtos falsificados ou tentam aplicar truques mecânicos para obrigar reparos desnecessários.

E não para por aí: tem o golpe do parabrisa trincado (onde jogam pedras para forçar parada), da falsa abordagem policial, da compra de carga com cheque sem fundo e até da ajuda solidária que termina em sequestro.

Então, como se proteger?

Desconfie sempre:

  • Cargas “boas demais pra ser verdade” normalmente são mentira.
  • Nunca pague nada antecipadamente para garantir frete.
  • Verifique CNPJ e telefone da transportadora diretamente em fontes oficiais.
  • Prefira negociar com empresas que você já conhece ou que foram indicadas.
  • Não compartilhe fotos de documentos pelo WhatsApp sem certeza da procedência.

Na estrada:

  • Em caso de pane, acione apenas serviços oficiais da seguradora ou empresas confiáveis.
  • Evite contar com “ajuda de estranhos” em locais isolados.
  • Tenha um grupo de colegas de confiança para confirmar se um número ou carga é segura.
  • Registre tudo: mensagens, ligações e nomes.

Dicas extras:

  • Use aplicativos e sites com boa reputação para buscar fretes.
  • Instale rastreadores no caminhão.
  • Não aceite “fretes por fora” que pulam a formalidade.
  • Atualize seu cadastro em cooperativas e transportadoras legítimas.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) alertam que muitos desses golpes usam informações públicas ou vazadas. Por isso, redobre o cuidado com dados pessoais e rotas de viagem.

E quando tiver qualquer suspeita, não enfrente sozinho. Registre boletim de ocorrência, entre em contato com a PRF pelo telefone 191, e compartilhe a informação com outros caminhoneiros. A união da categoria é o maior escudo contra o crime nas estradas.

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